30 julho 2008

EXÍLIO

Minh’alma
tem o estranho hábito
de exilar-se
do meu corpo
quando sente nostalgia
e contempla em silêncio
os segredos das ruas
por onde se embrenham
as minhas doces lembranças...

E me espalho
como a luz,
por entre as pedras,
filtrando emoções
que a voracidade
do tempo
armazenou em pedaços
simétricos
de saudade
como cicatrizes
no perfil
de uma cidade!
Foto: Clarissa Alcantara

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