14 maio 2011

ESTILO (IV)

Havia um clima de admiração ao redor do marco que assinala a homenagem do povo de Nova Iorque ao ídolo John Lennon. Um círculo desenhado com pedrinhas em branco e preto, com a palavra IMAGINE, emociona. Emociona porque, sem querer, se canta baixinho a letra que traduz o sonho de paz do artista.


O sol brilhava, mas o frio era cortante. Fotos e mais fotos tiradas só com as pontas dos dedos a mostra. As luvas assim permitiam porque era possível desabotoar as extremidades. UFA! Que difícil!

Atravessamos a rua para ver a entrada do Edifício Dakota. Frente ao grande portão do condomínio de luxo, poucos metros dali, caiu John Lennon, fulminado por um assassino. Triste. Muito triste.

A decisão era caminhar. E “pernas pra que te quero” lá fomos nós, misturadas ao trânsito de carros e pedestres, aproveitar o panorama das ruas e avenidas.


Passamos pela rótula com o monumento dedicado ao descobridor da América, Columbus Circle. Muito bonito e merecido.

Seguimos até o hotel para nos prepararmos para o show da tarde.

Pontualmente, às 17 horas estávamos acomodados na platéria do Radio City Music Hall para assistir ao Christmas Spetacular. Show musical com as famosas bailarinas Rockettes e um elenco admirável. Ficamos encantados com as técnicas de cenografia, as músicas, as coreografias, a perfeição de todo o espetáculo. Foi um dos melhores musicais que assisti. E, ao final, recebemos um presente: uma bola para árvore de Natal com o formato de Papai Noel. Linda!

Depois de jantarmos, o programa previa a ida ao Empire State Building. Nem preciso lembrar que a noite o frio estava com temperatura abaixo de zero. E põe abaixo de zero nisso.


Coragem não nos faltou para subirmos. Elevadores mais velozes do que o pensamento, nos conduziram até o 86º andar, onde está o Observatório. A sensação térmica era congelante, mas nem pensar em ficarmos protegidos por trás das vidraças. Pusemos a cara ao relento com coragem e o frio ficou relegado à coisa de somenos importância.

Nova Iorque com suas luzes enfeitava o cenário de 360 graus. Indescritível. As palavras fogem porque ficam escassas para traduzir a beleza do que a visão alcançou. O prédio, construído em art-deco, célebre cenário de um memorável filme e o mais alto da cidade, retrata o grande estilo de Nova Iorque.

E, ainda, para culminar a travessia, subimos ao 102º andar num elevador monitorado por um simpaticíssimo e agradável ascensorista (que me pareceu estar lá desde a inauguração porque era antigo como o tempo).

Só suspirávamo do alto da majestade do Empire State. Exclamações de surpresa e fascínio e mais uma centena de fotos para registrar, ou tentar documentar o que os olhos vislumbraram.

A caminhada de retorno ao hotel foi silenciosa. Estávamos sorvendo, como um vinho doce, lentamente as experiências do dia.

Na verdade, absorvíamos as horas e as púnhamos em arquivos da memória num deleite de fim de festa, quando a festa foi um sucesso.

Ao estilo de Nova Iorque.

E, como cantou Frank Sinatra, “quero acordar nessa cidade que nunca dorme...”

2 comentários:

Dulce Miller disse...

Tão bom te ler, Malice... eu viajo junto!!!

Beijos mil!

Anônimo disse...

Que maravilha ! Estava eu lendo o diario popular e me encantei pela tua viagem e resolvi abrir no teu blog, me sinto como se estivesse viajando junto !

Obrigado por me dar esse prazer de viajar junto!

Boa e bela viagem a voces!

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