04 dezembro 2011

DESACOMODANDO


A tendência natural é deixar que o sossego aparente domine as situações e acomode a nossa vida em repouso constante. A rotineira marcação das horas propicia que os dias se repitam sem maiores variações. De certa forma, o controle parece ser mantido sobre a sequência e consequência da vida. E o resto que se adeque a esse mecanismo de sobrevivência.

E no que se refere ao íntimo o processo é quase idêntico. Melhor proporcionar que as emoções se acomodem em camadas e se mantenham quietas. Preferível que as metas e desejos a alcançar permaneçam no plano do “depois eu faço”, do “pode não dar certo”.

Confortável não é sinônimo de sucesso. Confortável é, muitas vezes, parceiro da acomodação. E desacomodar causa transtornos, apresenta riscos.
Poucos se propõem a sair do sempre igual para ir em busca do imprevisível na tentativa de alargar horizontes, de criar novas perspectivas. Aliás, perspectivas exigem uma dose extra de visão, de tirocínio, de coragem.

E é nas pequenas e simples atitudes que se transformam as vidas de muitos em verdadeiros testemunhos de que desacomodar é imperioso.

É preciso vencer os medos e acreditar que o potencial existe latente a espera de uma chance de ser descoberto.

Mudar o rumo é, nalgum momento, a mais inteligente das posturas. E também a mais difícil. Exige muito dos fundos de reserva que acumulamos ilusoriamente para nos protegermos das incertezas.

Desacomodar é um ato de extrema valentia. Estar incluído no time de gente que encara o desafio de ir em busca da realização de um sonho, é privilégio.

E o privilégio é só questão de decisão.

Faça uma lista de prioridades. Inscreva-se no concurso. Matricule-se no curso de idioma. Aprenda a dançar. Conclua a graduação. Invista na pós-graduação. Inicie um negócio. Abra uma empresa.

Planeje sua meta para além do papel e execute-a custe o que custar. Vale a pena, acredite. E, principalmente, acredite em você, em tudo o que é capaz de realizar independentemente das dificuldades.

Walt Disney se desacomodou de uma vida calma e pacata e idealizou a construção de um parque de diversões para todas as idades, que se tornou uma das maiores fontes de divisas lucrativas do mundo. Com muitos sacrifícios, muita luta e determinação, ele não desistiu do seu sonho.

Como ele mesmo disse: “E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar.

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.”

Desacomode-se!












































Nenhum comentário: