22 maio 2011

ESTILO (V)




A cidade brilhava, vista da janela do quarto de hotel. Ali, o sol dava a impressão falsa de que o frio não estava tão intenso.
O programa planejado para o dia era a ida a um Shopping Center na vizinha cidade de New Jersey.
A estação de ônibus se situa bem próximo ao Times Square e em frente da sede do jornal New York Times.
Viagem agradabilíssima no confortável e aquecido ônibus repleto de turistas, acrescida da paisagem pincelada por raios de sol, desenhando silhuetas nas árvores despidas e enfeitando as casas à beira da estrada.

Chegamos cedo em Woodbury Common. A imensidade de lojas se estendia por vários caminhos. Sentíamos que visitávamos um Village, um povoado comercial.
Ao ar livre e expostos ao gélido vento, entrávamos em todos os locais, rapidamente, como formiguinhas em busca de calor. Caminhar por entre as alamedas, naquela manhã, não foi uma das nossas melhores opções. Valeu a pena pela variedade de ofertas, de decorações, de estilo e por aí afora. Mas que estava muito frio, lá isso estava.
O retorno a New York, na tarde bonita, nos brindou com o panorama, visto de longe, da cidade plena de arranha-céus a espetarem o azul da atmosfera com a displicência de se saberem majestosos e ponto final.
No hotel, arrumamos as malas, guardando, além dos objetos pessoais, milhares de imagens presas na retina, sensações de descobertas várias, impressões silenciosas de admiração. Havíamos captado o estilo de New York.
E estilo nova-iorquino é assunto por demais encantador. A cidade cativa, aprisiona, enfeitiça. Tem um algo mais, um detalhe próprio de ser e de estar. Aliás, tem personalidade. E ter personalidade marcante é como um timbre, um carimbo, uma marca registrada.
Pensei, erroneamente, que cidade alguma me fascinaria tanto quanto São Francisco, que, diga-se de passagem, é deslumbrante. Porém, me vi envolvida pela rede de avenidas, pelo jeito do povo, pelo charme (e põe charme nisso) de Nova Iorque.
Cada cidade tem seu “clima”, seu estilo peculiar. Minhas preferidas, por enquanto: Porto Alegre (onde nasci),Rio de Janeiro, Montevidéu, Solvang, São Francisco e Nova Iorque. Ainda me falta muita estrada para avaliar estilos. E tenho planos de voar para muitos lugares.
Terei mais relatos a partilhar. Experiências apreciadas sob o meu ponto de vista de turista, é claro. Mas, apesar disso, serão histórias a contar para quem quiser compartilhar vivências por esse mundo fantástico de estilos múltiplos.
O trajeto até o aeroporto JFK foi extraordinário porque, para evitar o trânsito, o táxi fez uma viagem pelo Central Park e cruzou a cidade por bairros que não tínhamos tido a chance de conhecer.
O aeroporto internacional estava lotado de pessoas de diversos paises. Os idiomas falados faziam um burburinho sonoro, às vezes, incompreensível.
Jantamos antes de embarcar porque nos sobrava tempo, pausa que foi muito oportuna, devido ao cansaço.
No embarque uma moça muito bonita ficou ombro a ombro comigo. Achei que me era familiar aquela fisionomia. Óbvio. Era a atriz de cinema Halle Berry, que estava no mesmo vôo. Ela me olhou e esboçou um sorriso tímido, que embelezou mais ainda o seu rosto.
Mas o melhor ainda estava por vir.
Quando o avião decolou, perdi o fôlego. Nova Iorque vista do alto, iluminada, brilhando parecia mais um chão de estrelas. Fotos maravilhosas foram captadas pela câmera.

Um comentário:

Mônica Ferreira disse...

Guardei todas as observações que foram feita. Quem sabe algum dia eu consiga ir a New York, com este olhar...