24 julho 2008

CADEADO



Fechei com cadeado
a porta do coração.
Cerrei as cortinas
da janela da alma.
E celebrei com vinho doce
a festa da liberdade
dos sonhos
que voaram pela chaminé do tempo.
Estou completa
na solidão constante.
Encontrei a paz
de ser silêncio
na coragem de viver
inteira
a dimensão
da tristeza
e da alegria.
Venci a mim mesma
ao romper os grilhões
do efêmero,
sendo eterna
no instante que passa,
retornando as origens
das emoções absolutas.




Foto: Clarissa Alcantara

5 comentários:

Anônimo disse...

I truly appreciate it.

Anônimo disse...

Kanami sang imo blog. Daw spaghetti.

Unknown disse...

Que bom que você retornou por aqui. Uma poesia nova, uma reflexão mesmo um pouco dolorida,sempre é um caminho para um novo recomeço.
Um bom fim de semana
Bea

Teste Sniqper disse...

Aqui nasceu o Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...

Walmir Lima disse...

Que a chave do tempo e do amor, que é infinito e belo, possa abrir um coração doído e que as cortinas se abram para revelar a beleza do seu interior da tua janela.
Porque a vida te merece ter e ouvir teu cantar canoro de poetisa.